Aceso era uma das cinco deusas que personificavam a cura, então o que a diferenciava de suas irmãs? Leia mais para saber mais sobre as filhas de Asclépio e o misterioso trabalho de Aceso!
A medicina era muitas vezes uma arte grosseira no passado.
Baseava-se fortemente na superstição, oração e destino.
Os povos antigos não eram inteiramente desprovidos de
conhecimento médico. Ao longo da história humana, eles aprenderam algumas
técnicas para evitar doenças e tratamentos que muitas vezes eram notavelmente
eficazes.
Estes foram misturados, no entanto, com tratamentos muito
menos úteis. Enquanto alguns remédios antigos são quase cômicos agora, outros
podem servir ao oposto de seu propósito pretendido e, inadvertidamente, piorar
os problemas que eles tentaram resolver.
Os gregos, porém, reconheciam os limites de seu conhecimento
médico. Além dos deuses, eles acreditavam que a observação, a experimentação e
o diagnóstico eram elementos essenciais para encontrar as curas mais eficazes
para doenças e ferimentos.
Nessa busca, eles foram inspirados por seu lendário primeiro
médico. Asclépio ou Esculápio tornou-se um deus para que pudesse continuar
transmitindo conhecimento médico à humanidade.
Ele foi auxiliado por suas cinco filhas, que representaram diferentes aspectos de seu trabalho. Uma vez que um remédio era dado ou um tratamento administrado, a recuperação de uma pessoa estava nas mãos de Aceso, a deusa da cura.
Aceso e os Deuses da Cura
Na mitologia grega, Aceso era uma das filhas do deus médico Asclépio
ou Esculápio.
Asclépio era filho de Apolo.
Quando sua mãe morreu, Apolo teve um papel ativo na educação de seu filho.
Asclépio aprendeu a cura divina com seu pai. Quando ele foi
enviado para estudar com o centauro Quíron, ele aprendeu mais sobre a cura de
ervas.
Asclépio dedicou-se ao estudo da medicina e logo superou o
conhecimento de seu mentor. Ele se tornou o primeiro verdadeiro médico do
mundo.
Enquanto viajava pelo mundo para aprender mais sobre
medicina, Asclépio ou Esculápio também ensinava às pessoas o que havia
descoberto. Isso permitiu que a prática da medicina se espalhasse e os
primeiros médicos fossem formados.
Entre estes estavam os filhos de Asclépio. Ele lhes ensinou
o que sabia e os encorajou a fazer suas próprias observações para melhorar seus
métodos.
À medida que Asclépio se tornava mais habilidoso e o
conhecimento médico se espalhava cada vez mais, os deuses começaram a notar seu
trabalho. De acordo com uma fonte, Hades
temia que o Mundo Inferior ou submundo
parasse de receber almas porque o médico era tão eficaz em evitar a morte.
Eventualmente, no entanto, Asclépio cruzou os limites da
capacidade humana e infringiu os poderes dos deuses. Aprendendo o segredo da
reencarnação de uma cobra, ele ganhou a habilidade de trazer os mortos de volta
à vida.
Isso violava a ordem natural do universo e perturbava o
ciclo essencial de vida e morte. Os deuses não podiam permitir que Asclépio ou Esculápio
continuasse trazendo os mortos de volta à vida, então Zeus
não viu escolha a não ser derrubá-lo.
Apolo, no entanto, ficou furioso com a morte de seu filho.
Ele retaliou matando os ciclopes e foi punido por Zeus.
Quando ambos os deuses tiveram tempo para refletir, no
entanto, Zeus estava mais aberto a ouvir os pedidos de clemência de Apolo.
Asclépio infringiu uma lei, mas também fez muito para beneficiar a humanidade.
Zeus finalmente concordou que Asclépio era mais útil do que
ameaçador. Ele concordou em conceder-lhe a imortalidade e torná-lo um deus do
Monte Olimpo.
Asclépio tornou-se o deus da medicina e o patrono dos
médicos. Seus templos eram locais de cura onde as doenças eram diagnosticadas
tanto por conhecimento médico quanto por intervenção sobrenatural.
Asclépio casou-se com Epione, cujo nome significava
“calmante”. Os historiadores a interpretam como uma personificação do cuidado
dispensado aos doentes ou feridos.
Junto com seus filhos, Asclépio e Epione tiveram cinco
filhas. Cada uma delas personificava um aspecto diferente da área médica e os
ensinamentos de seu pai.
Hígia ou Higeia era a deusa da saúde contínua e da prevenção
de doenças. Ela acabou sendo associada à limpeza, nos dando a palavra
“higiene”.
O nome de Panaceia significava “medicina universal”. Ela
representava a cura para todas as doenças.
Sua irmã Iaso tinha um domínio semelhante, mas seus poderes
eram mais focados. Em vez de uma cura universal, ela representava remédios
específicos.
Aegle, ou “Brilho”, é geralmente interpretado como o ponto
culminante da cura. Ela personificava a vitalidade de um corpo saudável.
Finalmente, Aceso era a deusa do processo de cura. Seu
domínio era o mais complexo e, de certa forma, o mais vital das irmãs.
Interpretação Moderna
Ao contrário de Panaceia e Iaso, Aceso não personificava a
cura de uma doença ou o tratamento de uma lesão. Em vez disso, ela representava
o processo de cura como um todo.
Isso se aplicava tanto ao trabalho do médico quanto aos
processos físicos envolvidos.
Aceso influenciava os médicos no tratamento de seus
pacientes. Quando um remédio simples era tudo o que era necessário para curar
um paciente, suas irmãs assumiam o controle, mas para tratamentos demorados
Aceso estava à disposição.
Como a deusa de um processo e não de uma única ação, Aceso
representava o trabalho que era necessário para tratar um paciente. Para casos
mais complicados, isso pode envolver dias ou até semanas de supervisão e
cuidados constantes de um médico e seus assistentes.
Aceso era mais importante, no entanto, para o próprio
paciente.
Para eles, Aceso personificava a cura pela qual seu corpo
passava para se recuperar de uma doença ou lesão. Todo o processo, desde o
primeiro sinal de doença até o retorno à saúde plena, ficou sob o domínio de
Aceso.
Ela era a deusa que trazia a pele de volta e a selava com um
novo crescimento para curar ferimentos. Ela era o processo de ossos se unindo
lentamente, músculos recuperando sua força e cicatrizes físicas desaparecendo.
No caso de doença, seu trabalho era menos visível, mas
igualmente importante.
As pessoas do mundo antigo não entendiam os processos pelos
quais o corpo combate a doença e se recupera. Embora agora entendamos como o
sistema imunológico responde a doenças e o corpo pode ser restaurado depois,
isso era desconhecido até há relativamente pouco tempo.
Para os gregos antigos, portanto, isso parecia um processo
místico. Se as doenças eram causadas por espíritos malévolos ou maldições, eles
acreditavam, uma deusa bondosa tinha que ter poder sobre a recuperação delas.
Como deusa do processo de cura, Aceso era a mais ativa de
suas irmãs. Em vez de trabalhar em uma cura imediatamente efetiva ou na
manutenção passiva da saúde existente, ela supervisionava os meios complexos e
misteriosos pelos quais o corpo se curava e se recuperava até mesmo das doenças
e lesões mais complexas.
Resumindo
Na mitologia grega, Aceso era uma das filhas de Asclépio.
Ela e suas irmãs personificavam diferentes aspectos das práticas de seu pai.
Asclépio foi o primeiro médico da Grécia e o patrono da
medicina. Como filho de Apolo e discípulo de Quíron, ele aprendeu cura com os
maiores especialistas antes de começar a aumentar seu conhecimento.
Ele foi o primeiro a ensinar aos outros o que havia
aprendido e logo espalhou o conhecimento médico pelo mundo. Em sua busca
constante por novos tratamentos, ele até descobriu uma maneira de ressuscitar
os mortos.
Embora isso inicialmente tenha causado conflito com os
deuses, Zeus acabou reconhecendo o valor do médico. Ele recebeu a imortalidade
e continuou seu bom trabalho.
Suas filhas o ajudaram nisso. Cada uma representava um
aspecto diferente da saúde e da medicina.
Aceso era a deusa do processo de cura. Ela personificava o
ato de curar, tanto no trabalho do médico quanto nos processos físicos sofridos
pelo corpo.
Sem o conhecimento médico moderno, as maneiras pelas quais o
corpo lutava contra doenças ou se recuperava de lesões eram misteriosas. Aceso
colocou esse processo nas mãos de uma deusa carinhosa e capaz.