A Lenda do Boitatá

A lenda do Boitatá é uma das mais famosas e antigas do folclore brasileiro. Originária das tradições indígenas, a história do Boitatá atravessou gerações e regiões, adquirindo diferentes versões ao longo do tempo.
É um Monstro com olhos de fogo, enormes, de dia é quase cego, à noite vê tudo.

Diz a lenda que o Boitatá era uma espécie de cobra e foi o único sobrevivente de um grande dilúvio que cobriu a terra. Para escapar ele entrou num buraco e lá ficou no escuro, assim, seus olhos cresceram.
 
Desde então anda pelos campos em busca de restos de animais. Algumas vezes, assume a forma de uma cobra com os olhos flamejantes do tamanho de sua cabeça e persegue os viajantes noturnos. Às vezes ele é visto como um facho cintilante de fogo correndo de um lado para outro da mata.
 
No Nordeste do Brasil é chamado de "Cumadre Fulôzinha". Para os índios ele é "Mbaê-Tata", ou Coisa de Fogo, e mora no fundo dos rios.
 
Dizem ainda que ele é o espírito de gente ruim ou almas penadas, e por onde passa, vai tocando fogo nos campos. Outros dizem que ele protege as matas contra incêndios.
 
A ciência diz que existe um fenômeno chamado Fogo-fátuo, que são os gases inflamáveis que emanam dos pântanos, sepulturas e carcaças de grandes animais mortos, e que visto de longe parecem grandes tochas em movimento.  

Nomes comuns do Boi Tatá:

No Sul; Baitatá, Batatá, Bitatá (São Paulo). No Nordeste; Batatão e Biatatá (Bahia). Entre os índios; Mbaê-Tata.
A Lenda do Boitatá

Origem Provável Boi Tatá:

É de origem Indígena. Em 1560, o Padre Anchieta já relatava a presença desse mito. Dizia que entre os índios era a mais temível assombração. Já os negros africanos, também trouxeram o mito de um ser que habitava as águas profundas, e que saía a noite para caçar, seu nome era Biatatá.

É um mito que sofre grandes modificações conforme a região. Em algumas regiões por exemplo, ele é uma espécie de gênio protetor das florestas contra as queimadas. Já em outras, ele é causador dos incêndios na mata. A versão do dilúvio teve origem no Rio Grande o Sul.

Uma versão conta que seus olhos cresceram para melhor se adaptar à escuridão da caverna onde ficou preso após o dilúvio, outra versão, conta que ele, procura restos de animais mortos e come apenas seus olhos, absorvendo a luz e o volume dos mesmos, razão pela qual tem os olhos tão grandes e incandescentes.

Significado

A palavra "Boitatá" vem do tupi-guarani e significa "cobra de fogo" (mboi: cobra, e tatá: fogo). De acordo com a lenda, o Boitatá é uma enorme serpente de fogo que habita rios e florestas. À noite, o Boitatá sai de seu esconderijo, brilhando intensamente e deslizando pelo ar ou pela água.

Versões da Lenda

Existem várias versões da lenda do Boitatá, mas algumas características são comuns:

  1. Defensor da Natureza: Em muitas versões, o Boitatá é visto como um protetor das matas e dos rios. Ele pune aqueles que desrespeitam a natureza, especialmente os que colocam fogo nas florestas ou caçam animais de forma predatória.
  2. Espírito Vingador: Em outras versões, o Boitatá é descrito como um espírito vingador, que persegue e queima os malfeitores. Sua presença é frequentemente associada a luzes misteriosas, conhecidas como "fogo-fátuo", que aparecem em pântanos e campos.
  3. História de Origem: Uma lenda específica conta que, em tempos antigos, uma grande enchente inundou a terra, e muitos animais morreram afogados. Uma cobra gigante, ao comer os olhos dos mortos, absorveu toda a luz que eles continham e se transformou no Boitatá, uma serpente de fogo.

Representações Culturais

A lenda do Boitatá tem um papel importante na cultura brasileira, sendo tema de diversas manifestações artísticas, como literatura, música e teatro. Na literatura, escritores como Câmara Cascudo e Monteiro Lobato ajudaram a popularizar a lenda em suas obras. Em festas folclóricas e celebrações regionais, a figura do Boitatá é frequentemente representada em desfiles e encenações.

Simbolismo

O Boitatá simboliza o poder da natureza e a justiça contra aqueles que a ameaçam. Sua figura de fogo, que tanto assusta quanto fascina, é um lembrete da força indomável do ambiente natural e da necessidade de respeitá-lo.

A lenda do Boitatá continua viva na cultura popular brasileira, sendo contada e recontada, mantendo viva a conexão com as raízes indígenas e a valorização das histórias tradicionais.

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